¿Interrogação?
Aqui o que vier à cabeça é digitalizado, sem censura nem muito pudor.
sexta-feira, 1 de maio de 2020
Cuspindo dúvidas delicadamente em um guardanapo
Eu tenho 31 anos e uma mente bem mais calma que a do Kotoko que começou esse blog.
Passei anos longe de redes sociais e de me expressar publicamente, de tocar violão em volta de fogueiras enormes, de tomar boa cachaça frequentemente com os amigos e tantas outras coisas que eram rotina na época mais relevante desse blog.
Mesmo aqui, não tive coragem de me expressar por muito tempo, mas hoje bateu uma vontade de dizer que estou bem àquelas pessoas que acompanharam essas histórias e de alguma forma ajudaram a entender o que estava acontecendo.
Estou bem! Não mais vomito as dúvidas todas misturadas e muitas vezes em momento inconveniente como fazia antigamente, não. Hoje eu mastigo com calma e tiro as dúvidas da boca antes de engoli-las e ter indigestão.
Por hoje é isso. Outro dia conto mais. Boa noite!
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Doido, eu?
mas sei que dói
Também não sei se ela existe mesmo
Sei que não está aqui agora
E se eu acordar amanhã e descobrir que é tudo mentira?
Que eu viajo há meses, talvez anos só na minha cabeça?!
Vai saber, o que é de verdade...
Se existe só na minha mente, existe mesmo?
Talvez sim, apenas para mim.
E quando a tristeza bater o que eu faço?
Chorar não adianta, reclamar, os amigos nem se interessam.
Não dá pra deitar no colo dela, se é só imaginação.
Mas eu tenho quase certeza de que ela existe e gosta de mim
Só que esse pouquinho de dúvida me desespera!
Ainda mais que ela ta longe, e parece nunca chegar.
Parece que sempre tem um jeito conveniente de desaparecer
e fazer eu achar que sou louco, ou triste.
Nãoi sei, não sei!
Tenho a dúvida, minha fiel companheira.
Nela vou me abraçar!
Tenho o texto, meu velho amigo.
E pra ele vou desabafar. Boa noite!
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Conclusões...
E assim foram os últimos episódios:
Os artistas entregaram-se à arte aproveitando toda dor possível,
libertaram-se e libertaram de preconceitos.
Os amantes sofreram e amaram tanto quanto conseguiram
e acabaram por descobrir que também são poetas, músicos, maconheiros e cachaceiros.
Os estressados abandonaram o patrão e abraçaram a comunidade
pois no fundo também eram amantes e artistas amordaçados e incompreendidos.
Aqueles que apenas observavam passaram a influenciar.
Os influenciados também notaram que eram artistas, amantes e possíveis influências...
E aí a bicicleta pegou embalo na ladeira que se apresentou no caminho,
freando apenas o necessário para não atropelar aqueles que [ainda] apenas passavam.
Embalou, embalou, embalou tanto que já não pode ser parada! Há muita força nos pedais!
Não, agora ninguém pára a bicicleta, os artistas, os amantes ou os malucos.
Continua... - Disse uma voz narrando o final da temporada, como quem diz que um dia a série termina.
NÃO TERMINA NUNCA! - Esbravejou aquele que era apenas espectador da coisa toda e que enquanto assistia e tirava as maiores conclusões de sua vida, ouviu um amigo dizer bem de canto:
"Conclusões devem ser anotadas a lápis."
Alucinação
De ontem em diante a vida será outra coisa,
sem medo do futuro nem tristeza pelo passado.
De ontem em diante dou exemplo ao seguir meus conselhos como fez quem os recebeu.
Me isolo em momentos de tristeza e dor
e normalmente penso, penso, penso... chego a conclusões, salvo isso no arquivo e deixo passar.
Não falo, não ajo e ajorjo.
E aí o tempo passa, a situação não muda e nada se ganha.
Não quero mais fazer isso.
Tristeza que não vira arte nem aprendizado é um desperdício absurdo de tempo, energia e juventude.
O negócio é viver agora e aprender rápido feito uma criança.
Adaptar-se o melhor possível, aceitar que não ta fácil e aproveitar a dificuldade pra criar algo.
"Amar e mudar as coisas me interessa mais" - Belchior
terça-feira, 12 de março de 2013
Mantra das possibilidades
Queria ter a habilidade do poeta que faz do sentimento, palavra.
Queria também o dom do musico que na palavra põe melodia.
Gostaria muito de saber como perdoar de dentro para fora,
ou pelo menos conseguir esquecer mais do que as chaves de casa.
Ah sim, casa! Se me sentisse em casa em algum lugar seria bom também...
Ahhh, tanta coisa que não é coisa e eu queria. Bem como tanto lugar que não tem coordenadas mas eu iria.
Queria mesmo é me conectar de verdade a alguém pelo menos uma vez. Ou ao menos descobrir em que ponto me tornei tão irracionalmente só e dependente, para então voltar e fazer direito.
Talvez nunca consiga nada disso e viva eternamente no mantra das possibilidades.
Quem sabe, quem sabe...
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Escritório
A gente corta o cabelo e faz a barba
Veste uma camisa e calça sapatos
Entra no escritório, lê e-mail e ouve recado
Assina papel, conserta computador e toma café.
Isso, no início do dia. Depois acabou o trabalho
Sobram café, fofoca e tédio.
A gente que é gente diferente dessa gente, é que sente
E se entristece...
De tanto tédio fingindo concentração
de tanta vida deixada pra depois
de ignorância à própria alma que pede atenção
E aí o tempo passa.
Devagar hoje, devagar amanhã
Mas rápido demais na soma de cabelos brancos.
Aí não tem volta!
Aí tua vontade se esqueceu
Aí o teu filho que ja cresceu
ouviu histórias de adolescência mas nunca te conheceu.
E o tempo que tu vendeu pra pagar as contas
Só a teu chefe que enriqueceu
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Cafeína
Cafeína
Uma das piores drogas que uso
Também, uma das melhores.
Transforma a bobeira do pós almoço em energia
e o riso quieto em piada bem alta.
Faz do sonho uma baita história
e do pesadelo, o mau humor do dia.
Cria ansiedade onde só tinha saudade
e paranóia onde havia apenas "brisa".
Ela me leva a dizer muitas coisas
Que talvez nem cogitasse falar
mas também me cala onde tudo que eu queria era falar...
Às vezes evito ela
Outras vezes evito eu.
Queria mesmo é cheirar a moça
que de saudade hoje me roeu.
segunda-feira, 12 de março de 2012
E pensar que quando piá eu achava que seria legal virar adulto...
terça-feira, 24 de maio de 2011
O fantasma da solidão
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O fim da humanidade
Caminhando pela casa escuta sons da rua e vai conferir na janela. Ao olhar, aprecia a movimentação do enxame desvairado. Cada criatura fazendo sua parte movimentando-se quase de modo mecânico. Quase, mas não! São todos orgânicos e teoricamente racionais.
Ele questiona a racionalidade dos tais seres, vendo eles se matando, se reproduzindo, produzindo e consumindo tudo que querem, precisam ou acham que precisam. Olha atentamente, mas não consegue entender.
Não consegue entender como as mesmas criaturas capazes de inovar tanto conseguem destruir tanto. Destroem uns aos outros, destroem o meio em que vivem, destroem o habitat de outras espécies, sujam a água que dá a vida, sujam o céu com máquinas que queimam restos de criaturas que hoje não existem mais.
Vivem achando que são os donos do planeta, que podem apoderar-se de tudo, que o fim de uma ou outra espécie graças a seus "incríveis feitos" é um mal necessário.
Ele fica triste e com raiva. Maldiz os da própria espécie, deseja o fim desse câncer que apodrece o planeta, mas não acha correto começar essa batalha, afinal outros virão e causarão tanto estrago quanto esses ja causaram.
Após concluir isso ele aceita o fato e segue sua vida tentando não pensar muito nisso. Tenta imaginar quando foi que a vida tomou esse rumo, quando a ganância e o desprezo ao próximo tornaram-se entidades visíveis, quando foi que aconteceu o fim da humanidade... Ele se esforça para pensar em outra coisa já que essas questões só servirão pra esquentar mais a cabeça.
De repente ele recebe a notícia que em vários lugares do mundo ha gente derrubando gananciosos, unindo-se em prol do bem coletivo e mostrando que ainda há humanos legítimos, com alguma pureza e força de vontade, gente que cultiva o amor em todos os sentidos da palavra.
Ele fica aliviado pelas novas descobertas, lembra que também há humanos em que pode confiar. Chama eles de amigos e irmãos e agradece aos que o mostraram que mesmo a passos lentos a humanidade evolui, que há grupos pensantes fora de seu reduto
Ele sorri, vive mais um dia e tenta não esquecer das boas conclusões de hoje para que não caia em desespero de novo amanhã ou depois.
Um abraço e bom dia aos humanos!