quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Relembrando...


O texto abaixo foi escrito bem no início do ano, é um dos textos que mais gostei de ter escrito e achei interessante que viesse parar aqui.
Esse texto mostra bem o porquê do nome desse blog.
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Acabei de rever um filme que há muito tinha visto.
Estou ouvindo aquelas músicas que, de tanto ter escutado, já não faziam sentido.
Não faziam, até então.
Acabo de pensar nas filosofias de bar que sempre usei.
E concluí que nunca soube da verdade.
Acabo de tomar um porre de mim mesmo.
Reescreví velhas frases de um caderno velho que achei, nunca mais abriria.
Já nem sei o porquê.
Importa?
Nem sei se volto...
Pensamentos me carregam pra não sei aonde.
Será que volto?
Será que importa?
Será?
Talvez...
Talvez a dúvida seja mais certa que a certeza.
Talvez a verdade seja tão duvidosa quanto a morte do rei.
Provável.
Possível!
Quem sabe um dia eu acorde.
Quem sabe um dia recupero a certeza de duvidar.
Quem sabe a ressaca não me mate.
Aí eu reescrevo as músicas.
Aí eu leio os livros.
Aí então talvez eu beba o suficiente.
O suficiente pra acabar, pra me acabar.
Talvez deixe vestígios.
Talvez seja visto por quem importa!
Como os óculos do John ou o colírio do Raul.
Ou simplesmente esquecido, como as velhas frases no caderno.
É possível, que queime tudo de uma vez.
Prefiro isso a me apagar aos poucos!
Loucura?!
Mas isso é tão normal.
Agora não importa.
Não faz diferença.
Quando chover, talvez.
Um gole...
Uma frase...
Uma música.
Daquelas que vêm do coração.
Escrita com sangue alcoolizado.
Pra não ser esquecida.
Pra ser lembrada e cantada por quem nem sabe o que significa.
Enquanto isso me embebedo de meu ego.
Fazer o quê se é só o que todos fazem.
Todos fazem o mesmo: Assistem os filmes, ouvem as músicas, lêem as frases e esquecem o significado.
E tudo volta ao normal, fica banal.
O ciclo nunca acaba.
E é por isso que estou ouvindo as músicas, vendo os filmes e escrevendo no caderno.
Boa noite!



(Texto escrito dia 08/01/2008, 01:45 da madruga)
(O calor me impedia de dormir)
(Pensamentos também)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Melhoras!

É, parece que as coisas estão melhorando pra mim. Fiz as contas e finalmente vou pagar tudo que devo, fico pelado esse mês, mas pelado sem dívida nenhuma! ;)

Tive um final de semana bem merdoso, com direito a problemas estomacais, tédio, tristeza e medo. Um daqueles finais de semana em que era preferível estar sedado.

Às vezes quando se tem um problema e pouca coisa pra fazer, a gente acaba aumentando o tal problema e anexando outros de um modo em que tudo se torna uma baita bola de merda que acaba sujando muita gente que não tem nada a ver com a situação. Comigo isso acontece seguido...

É um ciclo que funciona assim: Uma hora ta tudo legal, minutos depois ta tudo na merda denovo.


O que importa é que a semana começou bem!
Fui a um ótimo show ontem á noite, mateu um pouco a saudade da minha amada, estou me alimentando direito denovo e fiz cálculos que apontam pouca grana pra passar o mês, mas nenhuma dívida pro mês que vem.

Toda vez que algo de ruim acontece eu fico procurando um motivo, um ensinamento ou algo do tipo, pois sempre há o que aprender nas adversidades. O problema é que eu me desespero e só enxergo o tal ensinamento quando o problema se dissolve e eu já me acalmei.

Tenho muito o que aprender, mas nesse final de semana aprendí muitas coisas importantes: Aprendí a gastar menos do que recebo, aprendí que devo ter mais cuidado ao me alimentar e principalmente, aprendí que quando amamos algém, as palavras e atitudes podem doer muito mais do que o esperado.
Fica a sugestão: Faça mais afirmações boas do tipo: "Eu te amo!" e menos perguntas chatas.

Um abraço pra todo mundo que ler!

domingo, 24 de agosto de 2008

Um pouco de ódio à essa droga chamada internet

E então um dia eu acordo e vou pro trbalho. Passo o dia em frente ao computador, apenas eu, o pc e com sorte meu chefe. À noite consigo ver o Back, Márcio e o Anão, mas nem sempre. E isso é a semana toda...
To começando a odiar o dia em que resolví trabalhar com informática, mas esse é o futuro das crianças hiperativas né...
Começo a achar que deveria voltar a ser o nerd que era antigamente e não me importar tanto com esse lance de me relacionar com pessoas, afinal nunca magoei um computador, nem mesmo um maldito tamagochi.
E tem gente que paga por jogos idiotas como "The Sims", um jogo que simula uma bosta de vida irreal, um "big brother" controlável. Jogo desgraçado, sem virada, sem fase secreta e sem objetivo.


To cansado de ser um "bichinho virtual" a semana toda.


Esse foi mais um amontoado de dúvidas e reticências que eu vomitei enquanto o sangue fervia e o cérebro entrava em curto.

Bom resto de noite.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mudanças, acertos e algumas certezas

Faz pouco mais de um ano que decidí saír de casa, ter minha independência, coisa e tal...
Ganhava bem pouco na época, mas com um pouco de esforço e aluguel de uma casa dividida com um amigo seria possível me manter até ganhar melhor.
Não saí à toa, tinha bons motivos para querer pagar minhas próprias contas, mesmo que sobrasse pouco ou quase nada para diversão.

Com o tempo conseguí um estágio em que ganhava melhor (consequentemente disperdiçava mais grana:p), mais gente apareceu para dividir a casa, mais amigos eu fiz, mais lugares eu conhecí...

Todo esse tempo foi ótimo, pude aprender valores que não conhecia, perder preconceitos que tinha, aprender a dividir melhor e conviver melhor em família, pois a galera da casa tornou-se minha família.

Há alguns meses eu andava meio mal financeiramente, troquei de estágio, demorei a ajustar minhas contas e quando achei que iria acertar tudo, acabei me individando por causa do telefone...
Tudo bem, esse mês eu acerto isso e mês que vem já estou legal denovo.

Mas isso me fez pensar que nos últimos tempos tenho gastado mais do que ganho e ficado nessa de viver um mês e sobreviver o outro.
Pra completar andei me estressando por causa do trabalho, mas isso também já foi resolvido.

Depois disso tudo comecei a pensar em ser independente denovo, alugar uma casa pra mim mesmo, deixar as coisas organizadas do meu jeito, poder fazer o que EU quiser na hora que der na telha. Não que eu não curta a divisão lá da casa, mas tenho sentido falta de um pouco de privacidade e organização.
Um dos meus irmãos lá de casa fuma, não que eu seja contra, mas afeta bastante minha respiração pois sou um desses malucos cheios de "ites".

Desde piá ouví o provérbio: "Os incomodados que se mudem". Pois bem, chegou minha hora.

Aí vem a questão principal disso tudo: Como vou alugar uma casa se pelo menos nos próximos 2 meses só terei grana pra comer?!

Minha namorada e uma amiga minha de longa data me deram a resposta, resposta essa que de início não me agradou muito, mas que é a melhor solução.
Contrariando minhas próprias expectativas, vencendo meu orgulho e esfaqueando meu ego, vou apelar pro meu corôa.
Pretendo passar 2 meses na casa dele, não mais que isso. Dois meses é tempo suficiente para que eu possa acertar tudo que devo e arranjar uma casinha pra mim.

Não foi uma decisão fácil, pois isso fere bastante o meu ego. Lembrando de algumas pessoas que torciam para que eu não me desse bem ao saír de casa, chego a sentir medo dessa estadia na casa do corôa. Nem sei se ele vai aceitar isso, pretendo conversar com ele amanhã. Se não aceitar, sobrevivo mais algum tempo lá em casa mesmo.

Agradeço muito à Tay, por aturar minhas choradeiras e ler meus pensamentos quando necessário ;)
Também, agradeço à Lê que reapareceu na hora certa e conseguíu fazer uma boa idéia entrar nesse minha cabeça dura.




Quando tudo se estabilizar quero formar uma banda denovo, preciso de música, preciso voltar a fazer música. Se algum baterista estiver disponível, por favor apareça.




O Preço da Pureza - Jaime Jr.

O desiludido corvo bate suas asas
E voa baixo sem saber onde pousar
Passm-se dias e cansado continua
Ele não chega a nenhum lugar

Sonhava com uma vida diferente
Queria ver poeira em pleno mar
Pureza e bondade em sua mente
Eram fantasmas e lhe amedrontar

O insatisfeito corvo vaga pela noite e a luz do sol parece
o atormentar
Revela toda a verdade e oculta mais a ilusão
é o que o faz voar

Caíu então o falecido corvo
E era dele agora a carne a apodrecer
Nunca se alimentara da desgraça
Mas desgraçado teve de viver

Antes vivesse em meio à carniça
Pois viveria junto a seus iguais
Mas preferíu o escudo à espada
E dessa estrada não saíu jamais

O insatisfeito corvo vaga pela noite e a luz do sol parece
o atormentar
Revela toda a verdade e oculta mais a ilusão
é o que o faz voar...